Um clássico de Ed Wood, filmado em 1953, por aquele que injustamente levou a fama de ser o pior diretor de todos os tempos.
Na verdade, creio que Ed Wood era uma espécie de gênio incompreendido, fazia filmes autorais, polêmicos e com muito pouco orçamento, por isso que ficou com essa fama.
"Glen or Glenda" é um filme, talvez o primeiro em toda a história do cinema, que aborda o crossdressing e o transgenerismo de forma séria. Apesar do título, não se resume a somente essa história.
Dizem que Ed Wood ficou extremamente impressionado com a repercussão do caso de Christine Jorgensen, a primeira transexual operada que se tem notícia, captou (pouco) dinheiro para filmar a história dela e, no fim das contas, teria feito o filme com o personagem título inspirado em sua própria experiência como crossdresser, deixando para apresentar um caso de transexualismo, claramente baseado em Christine como uma história secundária.
Ao menos, essa é a versão que Tim Burton nos passou no filme que fez sobre a vida do diretor.
No elenco, o lendário Bela Lugosi, famoso pelos papéis de Drácula, faz o papel de um cientista (louco?), que narra a história em off e se encarrega, com sua voz cavernosa, sentenças e comentários bizarros, de dar ao filme seu ar mais trash.
No papel de Glen/Glenda, o próprio Ed Wood, que na época apareceu nos créditos com o pseudônimo de Daniel Davis. A desconhecida Dolores Fuller interpreta a noiva de Glen (vejam os dois na foto ao lado), naquela que é considerada por muitos uma das piores interpretações de todos os tempos. Maldade, pois achei ela muito bem no papel de loira meio caipira, ingênua e burrinha.
Tudo começa quando uma crossdresser (chamada de travesti/transvestite) é encontrada morta (foi suicídio). A partir da carta que ela deixa, justificando o suicídio em função do desconforto em viver no sexo errado, o Inspetor Warren (Lile Talbot) se interessa pelo tema e vai buscar explicações com um psiquiatra que já tratou alguns transgêneros.
E o psiquiatra é quem explica, de forma didática os mais variados aspectos do transgenerismo e as diferenças entre eles. Para ilustrar, conta a história de Glen/Glenda e depois de Alan/Anne (Tommy Haynes), uma transexual operada, comparando e explicando as variações de comportamento entre os casos.
Notem que na época, a palavra crossdresser ainda não era utilizada e eles referem-se o tempo inteiro ao personagem Glen/Glenda como travesti (transvestite), embora ele seja um típico caso do que hoje nós conhecemos como CD.
É que o filme foi feito na década de 1950 e a expressão crossdresser começou a ser utilizada a partir do anos 60.
Confiram a seguir o trailer no Youtube:
Na verdade, creio que Ed Wood era uma espécie de gênio incompreendido, fazia filmes autorais, polêmicos e com muito pouco orçamento, por isso que ficou com essa fama.
"Glen or Glenda" é um filme, talvez o primeiro em toda a história do cinema, que aborda o crossdressing e o transgenerismo de forma séria. Apesar do título, não se resume a somente essa história.
Ao longo dos tempos, o filme recebeu outros títulos, a.k.a. "Confessions of Ed Wood", "He or She ", "I Changed My Sex", "I Led 2 Lives (UK)" e "The Transvestite".
Dizem que Ed Wood ficou extremamente impressionado com a repercussão do caso de Christine Jorgensen, a primeira transexual operada que se tem notícia, captou (pouco) dinheiro para filmar a história dela e, no fim das contas, teria feito o filme com o personagem título inspirado em sua própria experiência como crossdresser, deixando para apresentar um caso de transexualismo, claramente baseado em Christine como uma história secundária.
Ao menos, essa é a versão que Tim Burton nos passou no filme que fez sobre a vida do diretor.
No elenco, o lendário Bela Lugosi, famoso pelos papéis de Drácula, faz o papel de um cientista (louco?), que narra a história em off e se encarrega, com sua voz cavernosa, sentenças e comentários bizarros, de dar ao filme seu ar mais trash.
No papel de Glen/Glenda, o próprio Ed Wood, que na época apareceu nos créditos com o pseudônimo de Daniel Davis. A desconhecida Dolores Fuller interpreta a noiva de Glen (vejam os dois na foto ao lado), naquela que é considerada por muitos uma das piores interpretações de todos os tempos. Maldade, pois achei ela muito bem no papel de loira meio caipira, ingênua e burrinha.
Tudo começa quando uma crossdresser (chamada de travesti/transvestite) é encontrada morta (foi suicídio). A partir da carta que ela deixa, justificando o suicídio em função do desconforto em viver no sexo errado, o Inspetor Warren (Lile Talbot) se interessa pelo tema e vai buscar explicações com um psiquiatra que já tratou alguns transgêneros.
E o psiquiatra é quem explica, de forma didática os mais variados aspectos do transgenerismo e as diferenças entre eles. Para ilustrar, conta a história de Glen/Glenda e depois de Alan/Anne (Tommy Haynes), uma transexual operada, comparando e explicando as variações de comportamento entre os casos.
Notem que na época, a palavra crossdresser ainda não era utilizada e eles referem-se o tempo inteiro ao personagem Glen/Glenda como travesti (transvestite), embora ele seja um típico caso do que hoje nós conhecemos como CD.
É que o filme foi feito na década de 1950 e a expressão crossdresser começou a ser utilizada a partir do anos 60.
Confiram a seguir o trailer no Youtube:
E o link para a ficha do filme no Internet Movie Database (IMDb), sendo que para acessar a ficha dos atores, basta clicar no nome deles:
http://www.imdb.com/title/tt0045826/
Para baixar o filme por torrent, clique aqui. E as legendas em português, neste link.
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