No final do ano passado, completamos 2 anos de atividades e a ideia original, como foi explicado nas postagens sobre o aniversário, era mudar um pouco o enfoque das publicações e, dentre outras coisas, fazer uma série de postagens didáticas sobre o crossdressing.
A principal finalidade disso é trazer a luz do esclarecimento para quem conhece pouco ou nada sobre o assunto e evitar que oportunistas e picaretas de qualquer espécie, que dizem ter começado a se montar anteontem (e ainda precisarão e muito tempo para chegar a uma figura feminina completa), aproveitem-se da falta de conhecimento sobre o tema, para se lançarem como supostas lideranças ou "entendedores", com o objetivo de levar vantagem de alguma maneira e/ou de fazer marketing pessoal.
O texto que segue é de autoria de Mayara Frade, já falecida, e está disponível para leitura no site do BCC - Brazilian Crossdresser Club.
Em relação ao original, apenas retiramos ou substituímos alguns artigos, e acrescentamos ou alteramos algumas palavras, para deixar o texto mais atualizado e evitar qualquer tipo de confusão quanto às diversas formas de expressão das identidades de gênero:
ORIENTAÇÕES GERAIS
Por Mayara Frade
Existe uma grande diferença entre a orientação sexual de um indivíduo e a sua identidade sexual (identidade de gênero). Veja um homem. Ele pode ser masculino em seu núcleo de identidade e ter uma orientação homossexual, ou seja, ele pode ter atração por pessoas do seu sexo. Isso também pode acontecer como uma mulher, que sendo feminina em seu núcleo de identidade, também pode ter uma orientação homossexual. Essa orientação pode ser ainda Heterossexual ou Bissexual.
Heterossexual é a pessoa que tem seus desejos voltados para pessoas do sexo oposto ao seu.
Bissexual, é a pessoa que não tem uma orientação sexual exclusiva, portanto, sente-se igualmente atraída por pessoas de ambos os sexos.
O que vamos tentar explanar aqui, não tem nada a ver com a orientação sexual de cada indivíduo. Apenas queremos falar sobre a identidade de cada um e em termos bem gerais, sem a pretensão de ser um discurso científico.
Em qualquer desses casos abaixo descritos, a orientação sexual do indivíduo não o exclui de seu estado transgenérico. Melhor dizendo, qualquer uma dessas pessoas pode ser homossexual, heterossexual ou bissexual, independentemente de ser TG, TS, TV, CD ou S/O.
Heterossexual é a pessoa que tem seus desejos voltados para pessoas do sexo oposto ao seu.
Bissexual, é a pessoa que não tem uma orientação sexual exclusiva, portanto, sente-se igualmente atraída por pessoas de ambos os sexos.
O que vamos tentar explanar aqui, não tem nada a ver com a orientação sexual de cada indivíduo. Apenas queremos falar sobre a identidade de cada um e em termos bem gerais, sem a pretensão de ser um discurso científico.
Em qualquer desses casos abaixo descritos, a orientação sexual do indivíduo não o exclui de seu estado transgenérico. Melhor dizendo, qualquer uma dessas pessoas pode ser homossexual, heterossexual ou bissexual, independentemente de ser TG, TS, TV, CD ou S/O.
O que segue não é uma explicação técnica em relação aos significados. É antes de qualquer coisa, o que parece ser um consenso das pessoas envolvidas com transgenerismo no mais abrangente modo de se ver. Repetimos que a única verdade que está nesse relato, é que ele é uma fotografia do que se pode apurar nos bastidores desse universo. Considere, então, como se este fosse um relato jornalístico, antes de sequer pensar na possibilidade de ser técnico, pois está muito longe disso.
TG é transgender (transgênero)
S/O é supportive opposite (supportive other)
TV é travesti
TS é transexual
CD é crossdresser
Transgender (transgênero) (TG)
Com exceção da S/O, todos os casos acima são TGs. Devendo ser ainda incluídas nesse grupo as pessoas que nasceram com algum tipo de anomalia em suas características sexuais anatômicas, como os casos de hermafroditismo por exemplo (na verdade, seriam intersexos e não TG). Devemos entender também que ser TG não é exclusividade de apenas um sexo, mas atinge a ambos. Em qualquer dos sexos pode haver um tipo de transgenerismo.
S/O (Supportive Opposite)
Seria a companheira de um TG, que sabe de sua peculiaridade, o apóia e ainda aceita outras pessoas que sejam transgenéricas no seu convívio social. Devemos entender a palavra apoio, no seu sentido mais amplo, pois a S/O não reprime o estado transgenérico do parceiro e, ao contrário, geralmente convive bem com essa peculiaridade. Os casos mais comuns são as esposas de crossdressers, dos quais falaremos por último.
Travesti ( TV )
Parece que o único consenso neste caso é que a travesti é um homem (ou melhor, alguém que nasceu num corpo masculino) com todas as características secundárias de uma mulher (conseguidas através de hormônios e de cirurgias plásticas), com exceção da genitália. É pessoa que anda, veste-se e age socialmente como uma mulher. No sentido pejorativo, fica a impressão cultural de que a travesti é uma profissional da prostituição, o que nem sempre é verdade.
Transexual ( TS )
Também parece que o único consenso neste caso é que transexuais (TS) são muito semelhantes às travestis A única diferença é que transexuais se utilizam da cirurgia de conversão sexual ou estão a caminho dela, aqui incluídos os casos de transexualismo FtM (de mulher para homem). Estes também usam de meios cirúrgicos e tratamentos hormonais para se tornarem homens fisicamente, pois psicologicamente já o são.
Crossdresser (CD)
O consenso neste caso parece ser que CD é, como nos outros casos citados, um indivíduo que sendo de um sexo, veste-se e age como os do sexo oposto. A diferença é que CDs não assumem publicamente uma identidade social feminina. Portanto, geralmente não faz uso de hormônios e não faz cirurgias corretivas em seu corpo, pois em sua rotina diária, tem uma vida social masculina. É possível até que use hormônios ou tenha se submetido a pequenas cirurgias, mas até o limite em que sua identidade social e seu aspecto geral não sejam afetados.
TG é transgender (transgênero)
S/O é supportive opposite (supportive other)
TV é travesti
TS é transexual
CD é crossdresser
Transgender (transgênero) (TG)
Com exceção da S/O, todos os casos acima são TGs. Devendo ser ainda incluídas nesse grupo as pessoas que nasceram com algum tipo de anomalia em suas características sexuais anatômicas, como os casos de hermafroditismo por exemplo (na verdade, seriam intersexos e não TG). Devemos entender também que ser TG não é exclusividade de apenas um sexo, mas atinge a ambos. Em qualquer dos sexos pode haver um tipo de transgenerismo.
S/O (Supportive Opposite)
Seria a companheira de um TG, que sabe de sua peculiaridade, o apóia e ainda aceita outras pessoas que sejam transgenéricas no seu convívio social. Devemos entender a palavra apoio, no seu sentido mais amplo, pois a S/O não reprime o estado transgenérico do parceiro e, ao contrário, geralmente convive bem com essa peculiaridade. Os casos mais comuns são as esposas de crossdressers, dos quais falaremos por último.
Travesti ( TV )
Parece que o único consenso neste caso é que a travesti é um homem (ou melhor, alguém que nasceu num corpo masculino) com todas as características secundárias de uma mulher (conseguidas através de hormônios e de cirurgias plásticas), com exceção da genitália. É pessoa que anda, veste-se e age socialmente como uma mulher. No sentido pejorativo, fica a impressão cultural de que a travesti é uma profissional da prostituição, o que nem sempre é verdade.
Transexual ( TS )
Também parece que o único consenso neste caso é que transexuais (TS) são muito semelhantes às travestis A única diferença é que transexuais se utilizam da cirurgia de conversão sexual ou estão a caminho dela, aqui incluídos os casos de transexualismo FtM (de mulher para homem). Estes também usam de meios cirúrgicos e tratamentos hormonais para se tornarem homens fisicamente, pois psicologicamente já o são.
Crossdresser (CD)
O consenso neste caso parece ser que CD é, como nos outros casos citados, um indivíduo que sendo de um sexo, veste-se e age como os do sexo oposto. A diferença é que CDs não assumem publicamente uma identidade social feminina. Portanto, geralmente não faz uso de hormônios e não faz cirurgias corretivas em seu corpo, pois em sua rotina diária, tem uma vida social masculina. É possível até que use hormônios ou tenha se submetido a pequenas cirurgias, mas até o limite em que sua identidade social e seu aspecto geral não sejam afetados.
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