terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Governo lança Plano que defende união gay e adoção

21/12/2009 - 04h51
Por : Irving Alves
Para o Mix Brasil

Programa Nacional de Direitos Humanos defende união gay e outras medidas pró-LGBT

Bandeira gay


O Governo Federal, por meio da Secretaria Especial de Direitos Humanos, divulgou nesta segunda, 21, o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos. O objetivo do documento, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é estabelecer o caminho que deve ser seguido pelo poder público na promoção dos direitos fundamentais da população.

Pela primeira vez apontando responsáveis por executar cada ação programática, o Plano traz algumas boas notícias para a comunidade LGBT. União gay, adoção de crianças por casais homoafetivos e aceitação do nome social de travesti e transexuais são alguns dos assuntos defendidos na proposta.

O Plano recomenda ao Poder Legislativo que aprove o projeto que reconhece a união civil entre pessoas do mesmo sexo e que elabore uma legislação garantindo o direito de adoção por casais homossexuais. Enquanto isso, o Judiciário foi estimulado a promover campanhas para sensibilizar juízes a evitarem o preconceito em processos de adoção por casais homoafetivos. Já o Ministério do Planejamento ficou responsável por reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares formadas por LGBT.

Os Estados e municípios deverão ser orientados pela própria Secretaria Especial dos Direitos Humanos a promover ações que garantam o uso do nome social de travestis e transexuais em casos de necessidade de decisão judicial.

O Plano recomenda ainda a implantação de uma cultura de respeito à livre expressão sexual e o fomento à criação de redes de proteção dos direitos humanos LGBT.

De maneira geral, o pacote é mais que friendly. A gente torce para que saia do papel. Para ler o texto na íntegra, clique AQUI.
 
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domingo, 13 de dezembro de 2009

Depoimento de Maite Schneider na novela "Viver a Vida"

Pessoal,

Quem acompanha, sabe que a novela "Viver a Vida", exibida por volta das 21:00hs pela Rede Globo, tem um quadro especial chamado de "Portal da Superação", no qual são exibidos relatos de pessoas contando suas dificuldades e a forma que conseguiram superá-las.

Ontem à noite, o depoimento veiculado foi de Maite Schneider, contando as suas experiências de vida como transexual. O vídeo exibido, em versão curta, foi esse:


No site da Globo, também tem versão estendida, com com 04'31" de duração:


E ainda, no site na novela, tem a página da versão estendida do "Portal da Superação" onde, além dos vídeos, consta um relato por escrito:
http://especial.viveravida.globo.com/portal-da-superacao/2009/12/12/maite-schneider-versao-estendida/
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sábado, 12 de dezembro de 2009

Maite Schneider consegue as mudanças em todos os seus documentos

Primeira mudança na Justiça Brasileira
Por Maite Schneider 09/12/2009 às 11:05 
 

Maite Schneider consegue as mudanças em todos os seus documentos. Pela primeira vez na Justiça Brasileira ocorre até inclusão de um sobrenome, não por vias de nascimento ou casamento. Jurisprudência vitoriosa.

Maite Schneider - foto 1
Maite Schneider - foto 1

Maite Schneider - foto 2
Maite Schneider - foto 2


Primeiramente, desculpe escrever em primeira pessoa, mas é uma história pessoal de uma vitória primeira e única na Justiça Brasileira, e que gostaria, se possível, da divulgação deste conceituado veiculo, para que mais pessoas saibam e possam voltar a acreditar em nosso sistema judiciário.

Meu nome é Maite Schneider Caldas de Miranda e somente agora sou uma cidadã brasileira. Aos 37 anos de vida. Nasci com o nome de Alexandre, vivi um processo transexualizador, durante minha infância, adolescência e parte da vida adulta. Nunca consegui um emprego com carteira de trabalho assinada e apresentar os documentos oficiais sempre causaram constrangimentos em minha vida, pois mostravam e identificavam uma pessoa que não era eu.

Durante muito tempo em minha vida em queria que a ciência e religião me ajudassem a mudar minha cabeça e a adequassem ao corpo que eu tinha nascido, e que diziam ser de um menino. Mas nem a ciência, e nem a religião, conseguiram me dar este encontro. A ciência e medicina falaram ser possível adequar o corpo, à minha psique e à minha parte neural, que sempre foram femininas.

Foi o que fiz, fazendo muitas loucuras em minha vida, como uma auto-cirurgia para retirada dos testículos, uma cirurgia mal sucedida numa clinica clandestina no Paraguai e finalmente a readequação genital final que faltava. Desta cirurgia, tive um tumor (ainda bem que benigno) no canal da vagina, isto há 4 anos atrás, e desde então já fiz 7 cirurgias (sendo a ultima em setembro deste ano de 2009), devido às complicações deste tumor. Atualmente, tirei um pedaço do intestino para reconstrução do canal, na tentativa de finalmente estar bem e saudável. Nestes 4 anos, não tenho relacionamento afetivo e até fujo deles, por não conseguir ter relações sexuais com o futuro parceiro. Espero um dia ajeitar isto também em minha vida.

Mas escrevo, para comunicar e se possível pedir sua ajuda no sentido de divulgar que consegui uma vitória recentemente na justiça brasileira. Consegui alterar o meu nome e meu sexo na certidão de nascimento e finalmente ter todos os meus documentos reconhecidos de maneira a verdadeiramente me identificar.

Além deste fato, o meu caso foi o primeiro na Justiça Brasileira a conseguir incluir um SOBRENOME na retificação, incluindo o sobrenome Schneider ao meu nome, agora oficial. Até então a inclusão de um sobrenome só podia ser dada pela contração do matrimônio ou quando se provasse que não havia nele o sobrenome do pai ou da mãe.

Pessoas já podiam incluir suas alcunhas e apelidos no seu registro de nascimento (E a doutrina e a jurisprudência permitem a inclusão desses apelidos no nome, a exemplo do atual Presidente da República, que fez inserir o apelido LULA em seu nome, passando a chamar-se Luiz Inácio Lula da Silva. A apresentadora XUXA também inseriu este apelido ao seu nome Maria da Graça Meneghel, passando a chamar Maria da Graça Xuxa Meneghel. O jogador PELÉ também pleiteou a alteração de seu nome original de Edson Arantes do Nascimento para Edson Pelé Arantes do Nascimento).

Mas inclusão de um sobrenome que não é de minha família de origem foi a primeira vez que aconteceu. Fico muito feliz com a decisão da justiça brasileira, pois sempre fui Maite Schneider Caldas de Miranda e agora uma cidadã plena e motivada a produzir pelo meu país. O nome agora passou a ser motivo de inclusão, e não mais exclusão do processo societário, como sempre havia sido em minha vida.

Constitui-se o nome num dos mais importantes atributos da personalidade, ao lado da capacidade e do estado civil. Toda pessoa tem direito ao nome, sendo um dos mais importantes atributos da personalidade, por ser o identificador principal das pessoas. Temos o conhecimento, que todas as pessoas têm direito ao nome, mas muitas vezes o mesmo, ao invés de ser considerado um direito ao cidadão, é considerado uma violação, como sempre foi o meu caso.

Creio que a Justiça Brasileira deu um passo importante por respeitar o princípio dos princípios: O princípio da dignidade humana. Se o direito ao nome é fundamental, a dignidade da pessoa humana é incomparavelmente maior.

OBSERVAÇÕES FINAIS:

· Moro na cidade de Curitiba e para conseguir esta vitória tive que mudar e estabelecer minha residência para a cidade de Porto Alegre, pois em minha cidade,o conservadorismo é muito grande. Fato desagradável, que mostra, que no geral, a Justiça ainda tem muito que caminhar para acompanhar as mudanças em nossa sociedade e os avanços da nossa ciência.

· Este brilhante trabalho e único no Brasil (espero que por pouco tempo) foi conseguido por Maria Berenice Dias (ex desembargadora no Rio Grande do Sul) e num tempo recorde de 6 meses.

· Para maiores informações que se fizerem necessárias seguem os contatos:

Maite Schneider: fone (41) 3039-3045
email :  casadamaite@gmail.com
Maria Berenice Dias:  fone (51) 3019-0080
email:  mbdias@terra.com.br site: www.mbdias.com.br

· Fotos de Maite Schneider em: http://www.casadamaite.com/fotosdamaite

· Se precisar e quiser a sentença completa do julgado, só me pedir que envio, pois não quis anexar nada para não atrapalhar o envio.

Grata pela oportunidade e agradeço se puderem ajudar na divulgação de algo, que acredito ser importante.

Maite Schneider Caldas de Miranda

RG 12801502-7
CPF 922371349-87

Email:: casadamaite@gmail.com
URL:: http://www.casadamaite.com

Postagem publicada originalmente pela própria Maite Schneider, no site Centro de Mídia Independente - CMI Brasil, que pode ser lida em:
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2009/12/460380.shtml
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Drª. Maria Berenice Dias recebe o Prêmio Direitos Humanos 2009

Advogada recebe prêmio por defesa de homoafetivos


A advogada gaúcha Maria Berenice Dias foi agraciada com o prêmio Direitos Humanos 2009, promovido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. Ela foi escolhida na categoria "Garantia dos direitos da população GLBT", inédita no prêmio. O escritório de Maria Berenice foi o primeiro do Brasil a se especializar em  Direito Homoafetivo.

“É uma vitoria de todos, porque está incluído neste prêmio o reconhecimento de que o direito homoafetivo é parte dos Direitos Humanos. Representar a maior premiação da categoria dará uma visibilidade muito grande à causa”, comemora a advogada que receberá o prêmio no dia 15 de dezembro, em Brasília, das mãos do presidente Lula.

Desde da época em que era juíza de Direito, na década de 70, Maria Berenice se deu conta de que pouco de falava sobre como o homossexual devia ser tratado no Direito de Família. “Por falta de legislação sobre o assunto, a maioria dos juízes não entendiam que uma relação homoafetiva tem origem uma união afetiva, como nos casais heterossexuais”, diz a advogada. Em defesa desta tese, Maria Berenice foi a criadora do termo “homoafetivo”, escreveu diversos livros sobre o tema e ajudou a construir e a divulgar  a jurisprudência em favor da categoria.

Para a advogada e ex-desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, o único caminho que garante os direitos dos homoafetivos é a construção de uma jurisprudência, já que há mais de 20 Projetos de Lei parados no Congresso, que nunca entram na pauta de discussão. “Sem leis que os defendam, as pessoas não sabem em que porta bater. Hoje ainda há um baixo índice de procura pela Justiça, o que dificulta a construção da jurisprudência. Por isso decidi especializar meu escritório”, conta.

Para incentivar advogados e juízes a defender os homossexuais, a advogada acaba de lançar o site Direito Homoafetivo em que é possível estar atualizado sobre todas as decisões tomadas na Justiça. Só com a colaboração de leitores, a página já coleciona mais de 700 decisões. “Com o material, a população e os profissionais do Direito ganham subsídios para defender suas teses e tomar decisões”, explica a advogada. A página é uma verdadeira biblioteca virtual com Legislação internacional, normas, projetos de lei, trabalhos e teses universitárias.

Segundo a advogada, o site é importante porque o acesso a processos diretamente nos portais dos tribunais é muito complicado. “É difícil saber quais os termos de pesquisa, número de processos e ninguém dá conta de acessar 23 páginas em busca destas decisões”.

Apesar de ainda encontrar barreiras, a advogada comemora o número de sentenças em favor da categoria. “Ainda não há decisões do Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal, mas a Justiça Federal já se mostra muito à frente, concedendo benefícios com facilidade”.

Maria Berenice também é conhecida por incentivar centros de excelência para discussão do tema nas OABs e cursos de especialização para advogados pela  Associação dos Advogados de São Paulo (Aasp) e Instituto Brasileiro de Direito da Família (IBDFam), da qual é vice-presidente. Maria Berenice foi a primeira mulher a ingressar na magistratura do Rio Grande do Sul e a primeira desembargadora do TTJ-RS.

Fonte:
Site Consultor Jurídico - CONJUR
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Travestis se organizam no Rio para definir políticas públicas de gênero

Cerca de 200 travestis e transexuais de todo o país estão reunidas no Rio de Janeiro para discutir políticas públicas que levem em conta suas especificidades de gênero, além de formas de garantir cidadania, como a utilização do nome social em documentos. No encontro, elas também pretendem discutir e deliberar sobre o conceito de travestis e transexuais.

"Queremos sair deste encontro com um conceito identitário fundamentado para que seja utilizado em políticas públicas e em documentos científicos e oficiais. Não queremos que ninguém venha nos chamar do que quiser", declarou a presidente da Associação de Travestis do Rio, Marjorie Marchi, durante abertura do 16º Encontro Nacional de Travestis e Transexuais (Entlaids).

As participantes também devem discutir formas de enfrentar o preconceito no sistema de saúde e ainda campanhas de prevenção como a de combate a aids e a outras doenças. Outro objetivo é conversar sobre a ampliação do número de cirurgias de modificações corporais feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Uma reivindicação histórica do movimento, a utilização do nome social (o nome escolhidos pelas travestis) na carteira de identidade, volta a ser tema de discussões no encontro. Marjorie Marchi afirma que a categoria pretende se mobilizar para provocar mudanças institucionais que se refletirão "no reconhecimento das travestis pelo Estado brasileiro".


"Isso visa uma coisa maior. Quando conseguirmos aquele documento que nos identifique com o nosso gênero e com o nosso nome isso significará um processo de mudança no sistema. O Estado passará a nos reconhecer. É um ganho além do pessoal", afirmou.

Durante a abertura do Entilaids, o superintendente de Direitos Humanos do Rio, Cláudio Nascimento, destacou que para atender os LGBTT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis), os governos devem atuar sempre em parceria ou em conjunto com o próprio público-alvo.

"Primeira coisa é garantir um espaço de consulta permanente. Na nossa superintendência existem vários instrumentos como uma câmara técnica responsável pela elaboração de políticas que funciona com a participação de várias secretarias e dos movimentos sociais", disse.

Fonte:
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4144265-EI306,00-Travestis+se+organizam+no+Rio+para+definir+politicas+publicas+de+genero.html
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

TERÇAS TRANS :: ÚLTIMA REUNIÃO DO ANO!!!!

Olá Pessoal,

Neste dia 08/12/2009 acontece a última reunião do Terças Trans de 2009 e o tema é:

AVALIANDO O TERÇAS TRANS!!

Vamos nos reunir numa conversa informal, para avaliar e sugerir mudanças nas reuniões do "Terças" para 2010!

Imperdível!!

Dia 08/12/09 às 19h
Centro de Referência da Diversidade
Rua Major Sertório, 292/294 - Centro

Coordenação: Alessandra Saraiva
Organização: Associação da Parada do O. GLBT de São Paulo
Parceria: Centro de Referência da Diversidade
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

XVI ENTLAIDS - Encontro Nacional de Travestis e Transexuais


Travestis e Transexuais do Brasil discutem identidade e políticas públicas no Rio de Janeiro de 6 a 11 de dezembro durante o 16º Entlaids no Hotel Golden Park - Glória

“Muito prazer, eu existo!”. Com este slogan, duzentas/os ativistas das cinco regiões do país se reúnem no 16º Encontro Nacional de Travestis e Transexuais (Entlaids) para discutir temas como utilização do nome social em documentos pessoais e políticas públicas em diferentes áreas, com o objetivo de assegurar a cidadania plena dessa parcela da população. Pela primeira vez na história do país, as TTs unificarão discurso de como querem ser enxergadas e respeitadas. Durante o evento, que é deliberativo, elas construirão finalmente o conceito do que é ser uma travesti e um (a) transexual.

A 16ª edição do encontro, coordenada pela Astra-Rio (Associação de Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro), acontece no Hotel Golden Park (Rua do Russel, 374 – Glória) e receberá autoridades governamentais, como o Governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes, secretários municipais e estaduais, além de acadêmicos e ativistas do Movimento LGBT em geral. A atriz Carolina Ferraz e o estilista Carlos Tufvesson são os padrinhos do evento. “Fui batizado militante na pia da Astra-Rio. Tenho um carinho imenso por essas meninas”, orgulha-se Tufvesson.

Para a presidente da Astra-Rio, Majorie Marchi “é um desafio para nossa associação organizar na Cidade Maravilhosa o maior e mais importante evento nacional voltado para travestis e transexuais. É um importante momento de protagonismo para nós, justamente porque temos urgência em debater temas como trabalho, educação, segurança, renda, emprego, gênero e saúde. No Brasil, há poucas políticas que atendam as demandas da nossa realidade porque nossos governantes se baseiam em estudos internacionais que não condizem com que nós TTs vivenciamos no dia-a-dia em nosso país”, esclarece.

A coordenadora do Entlaids ainda sinaliza que durante o encontro será apresentada uma proposta de se ter um processo travestilizador para o Sistema Único de Sáude. Atualmente, o SUS já realiza um processo transexualizador (administração de hormônios antes da cirurgia, acompanhamento anual das taxas hormonais e por dois anos antes e após a cirurgia de transgenitalização por equipe multidisciplinar para apenas mulheres-trans).

Almejando o reconhecimento da identidade travesti a partir de políticas públicas específicas, a proposta prevê ações como terapia com hormônios. Isso reduziria o uso de silicone líquido, utilizado para modelar o corpo, diminuindo, também, o risco de morte pelo uso da substância. Também será discutido o aumento do número de cirurgias de transgenitalização, bem como o acesso de transexuais masculinos (homens-trans) às políticas de saúde, que não são contemplados atualmente pelo SUS.

Entenda o Entlaids
Todo ano é aprovado um regimento interno com diretrizes do evento. Ao todo, são 80 delegadas/os (com poder de voto), 100 convidados (sem poder de voto) e 20 palestrantes das cinco regiões do Brasil. Nos grupos de trabalho, TTs vão deliberar como querem ser entendidas, medida importante para afinar o discurso em dimensão nacional e ter mais visibilidade nas políticas públicas em diferentes áreas sociais.
A partir dessas discussões, elas fortalecerão o Projeto de Lei 2976/08, criado pela então Deputada Federal Cida Diogo (PT-RJ) que contou com a justificativa redigida por Majorie Marchi e que tramita na Câmara de Deputados. O PL 2976/08 cria a possibilidade das pessoas que possuem orientação de gênero travesti, masculino ou feminino, utilizem ao lado do nome e prenome oficial, um nome social.

Além de mesas de debates, oficinas de cidadania (elaboração de projetos, advocacy e organização institucional) e rodas de conversa, haverá show com Ângela Leclery e projeção de vídeos sobre o tema nos intervalos. Por fim, as TTs elegerão a cidade-sede do Entlaids do próximo ano.

O evento conta com o patrocínio do Governo Federal (através do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde e da Secretaria Especial de Direitos Humanos/PR); do Governo do Estado do Rio de Janeiro (através da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos e da Secretaria de Saúde e Defesa Civil); da Prefeitura do Rio (através das Secretarias de Turismo, Saúde e Assistência Social); e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD/ONU); além do apoio da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e da PACT Brasil.



Serviço
16º ENTLAIDS – Encontro Nacional de Travestis e Transexuais
Data: 6 a 11 de dezembro de 2009
Local: Hotel Golden Park - Rua do Russel, 374 – Glória
Contato: (21) 4104-0927 | (21) 8278-2633
Email: astra.rio@gmail.com
Blog: http://associacaodastravestisetransexuaisrj.blogspot.com

Informações para a imprensa
Márcia Vilella | Diego Cotta | Marcela Prior
Target Assessoria de Comunicação
Tels.: 21 8158 9692 | 8158 9715 | 2284 2475
target@target.inf.br | www.target.inf.br

Fonte da matéria:
http://www.overmundo.com.br/overblog/muito-alem-das-calcadas
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domingo, 29 de novembro de 2009

16º Cross Day no Studio Dudda Nandez: " DESPEDIDA DE FIM DE ANO"



No dia 12 de Dezembro de 2009 ocorrerá o 16º Cross Day e o tema será Despedida de Fim de Ano - Natal”. Será um evento para as meninas se despediram no fim de ano e falarem mais sobre si mesmas.
 

              Os trajes serão de acordo com sua vontade. Ressalto que o local não é de promiscuidade e más intenções, é só um evento para a meninada se soltar, descontrair, fazer amizades legais e confiáveis e se autoconhecer.




Confirmação: Ligue (11) 3867-2891 ou 8742-7433 e pelo duddanandez@hotmail.com . A conta e os valores para depósito serão passados através deste contato.


              Até breve meninas

              Beijinhos

              Dudda Nandez

P.S.: A Dudda  fez uma postagem sobre nosso encontro em São Paulo no blog dela. Quem quiser conferir, o endereço é: 
http://duddanandez.blogspot.com/2009/11/vinda-da-louise-stern-para-sao-paulo.html  
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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Blog Cultura Crossdresser - 1 ano de atividades

Olá pessoal,

É com satisfação que venho comunicar que neste dia 24 de Novembro, o Blog Cultura Crossdresser completa o seu primeiro aniversário.

No começo, devido ao meu passado e história de vida, o blog era quase que exclusivamente dedicado a notícias, matérias e filmes sobre o universo crossdresser.

Mas a história não é estática. Eu já vinha me hormonizando há anos, em uma transição do estilo "borboleta". Quase ao mesmo tempo em que o blog entrou no ar, eu ensaiava meus primeiros passos, rompendo barreiras para assumir a condição de transexual e viver integralmente como mulher no dia-a-dia.

Então, a história do blog caminha mais ou menos ao lado da história da minha saída do armário, com as postagens passando cada vez mais a incluir matérias sobre transexuais e travestis, no aspecto social, cultural e jurídico, bem como o combate à homofobia e à transfobia.

Ao longo deste primeiro ano, foram 113 postagens, na média de uma a cada 3 dias.

Desde o dia 07 de fevereiro de 2009, quando implantamos um contador de visitar confiável, até o momento em que escrevo esta postagem, o blog registrou 33.721 acessos, média de quase 117 acessos por dia e mais de 3 mil acessos por mês.

Atualmente, contamos com 47 seguidores, 36 blogs que acompanhamos e dezenas de sites indicados e parceiros.

Muito obrigada a todos que nos visitaram, incentivaram e que de alguma forma colaboraram para o sucesso e reconhecimento deste trabalho.

Esperamos continuar contando com vcs e com muito mais gente nos próximos aniversários !!!
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TERÇAS TRANS :: PLANEJANDO O 29 DE JANEIRO!!!

Olá Pessoal,

Nesta Terça-feira teremos Terças Trans e já vamos planejar nossas atividades para 2010!!

Dia 29 de janeiro se comemora o Dia da Visibilidade Trans em São Paulo, e vamos aproveitar esta reunião para pensarmos nas atividades que podem ser desenvolvidas para homenagear esta data!!

PARTICIPEM!!!!

Dia 24 de Novembro de 2009 às 19h
Centro de Referência da Diversidade
Rua Major Sertório, 292/294 - Centro - SP
Metrô República

Coordenação: Alessandra Saraiva
Organização: Associação da Parada GLBT de São Paulo
Parceria: Centro de Referência da Diversidade

Repassando mensagem de e-mail enviada pela Alessandra Saraiva
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sábado, 21 de novembro de 2009

O Terceiro Sexo - Documentário da National Geographic

O Terceiro Sexo (The Third Sex)

Documentário da National Geographic, integrante da série "Tabu".

Segue a sinopse oficial e os horários de exibição.

Embora os costumes sejam distintos em todo o mundo, quase todas as sociedades compartilham uma coisa: o conceito de gênero. Muitos acreditam na existência de apenas dois: homem e mulher. E cada qual está ligado ao sexo biológico, ou seja, masculino e feminino.

Ainda assim, na Índia, transexuais masculinos que optam por retirar suas genitálias vivem como mulheres e formam um terceiro sexo. Na Indonésia, padres hermafroditas lideram uma sociedade que reconhece cinco gêneros. E na região rural da Albânia, as mulheres trocam de gênero para obter igualdade.
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Por vezes, até mesmo as culturas mais conservadoras precisam abrir espaço para aqueles que desafiam as convenções. Mas para muitas, adotar outros gêneros ainda é um tabu.

1. Quarta-Feira 25 de Novembro 22:00
2. Quinta-Feira 26 de Novembro 05:00
3. Quarta-Feira 2 de Dezembro 22:00
4. Quinta-Feira 3 de Dezembro 05:00
5. Quarta-Feira 9 de Dezembro 22:00

http://www.natgeo.com.br/br/synopsis/176/54272

Obs.: Eu já tinha visto um documentário da NatGeo com o mesmo nome, que foi objeto de postagem aqui no blog, mas ao que parece, o conteúdo era um pouco diferente. Agora vamos ver este para conferir.
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ONU lança campanha “Igual a você” contra o estigma e o preconceito no Brasil

Iniciativa dá voz e notoriedade aos direitos humanos de estudantes, gays, lésbicas, pessoas vivendo com HIV, população negra, profissionais do sexo, refugiados, transexuais e travestis e usuários de drogas. Veiculação iniciará no dia 16 de novembro em emissoras de televisão de todo o país



Igualdade de direitos e um chamamento à sociedade brasileira para o tema das discriminações que homens, mulheres e crianças vivem diariamente no Brasil. Esses são os objetivos da campanha “Igual a Você”, que será lançada hoje (16/11) às 10h no Palácio do Itamaraty - Rio de Janeiro, pelas Nações Unidas e sociedade civil.

Durante a cerimônia, as agências da ONU apresentarão um panorama da realidade de cada população – estudantes, gays, lésbicas, pessoas vivendo com HIV, população negra, profissionais do sexo, refugiados, transexuais e travestis e usuários de drogas -, e apresentarão os 10 filmes de 30 segundos que integram a campanha. Os filmes estarão disponíveis para veiculação em emissoras de televisão de todo o país a partir do dia 16 de novembro. Além disso, os vídeos receberam versões legendadas em inglês e espanhol, para possibilitar a disseminação internacional.

O ato de lançamento será seguido de coletiva de imprensa, no Palácio do Itamaraty, com o representante do UNODC, Bo Mathiasen; o coordenador do UNAIDS, Pedro Chequer; a vice-diretora do UNIFEM Brasil e Cone Sul, Júnia Puglia; a oficial do Programa de Educação Preventiva para HIV/Aids da UNESCO no Brasil, Maria Rebeca Otero Gomes; o oficial de Informação Pública do ACNUR, Luiz Fernando Godinho, e o diretor do UNIC, Giancarlo Summa. Representantes das entidades da sociedade civil e as lideranças que gravaram as mensagens também estarão no evento para atendimento à imprensa.

Visibilidade para os direitos humanos
“Igual a Você” – uma campanha contra o estigma e o preconceito dá voz e visibilidade aos direitos humanos das populações alvo da campanha. Produzidos pela agência [X]Brasil – Comunicação em Causas Públicas e gravados em estúdio com trilha sonora original de Felipe Radicetti, os filmes apresentam mensagens de lideranças de cada um dos grupos discriminados, levando em consideração às diversidades de idade, raça, cor e etnia.

A campanha surge como uma iniciativa contra as violações de direitos humanos e desigualdades, especialmente nas áreas da saúde, educação, emprego, segurança e convivência. Trata-se de uma oportunidade de sensibilização da sociedade brasileira para o respeito às diferenças, que caracterizam cada um dos grupos sociais inseridos na campanha, reafirmando a igualdade de direitos.

Estigmas e preconceitos cotidianos
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), uma das facetas do racismo se revela na remuneração média da população brasileira: homens brancos (R$ 1.200), mulheres brancas (R$ 700), homens negros (R$ 600) e mulheres negras (R$ 400).

O ambiente escolar também é outro local de resistência à diversidade. Segundo pesquisa de maio de 2009 realizada em 500 escolas públicas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, 55% a 72% dos estudantes, professores, diretores e profissionais de educação demonstram resistência à diversidade por meio do indicador “distância social”. O maior distanciamento é verificado com relação aos homossexuais (72%).

Filmes diferenciados: drogas e educação
No primeiro caso, são mostradas cenas reais de usuários de drogas lícitas (bebida, cigarro e medicamentos) e ilícitas (maconha, cocaína, crack e ectasy) nos diferentes ambientes de uso - nas ruas, nos bares, nos morros ou nas baladas -, sem que o rosto dos usuários apareça. O desafio aqui foi falar sobre usuários de drogas dentro de uma perspectiva do direito à saúde.

Para os filmes de combate ao estigma e ao preconceito nas escolas são utilizados desenhos feitos por crianças, com uma voz em off e trilha original. Estes filmes trabalham com duas situações diferentes: preconceito na escola contra crianças vivendo com HIV e preconceito de raça, cor, aparência, orientação sexual nas escolas.

Assinatura da campanha
O preconceito se manifesta por meio de atitudes e práticas discriminatórias, tais como humilhações, agressões e acusações injustas pelo simples fato de as pessoas fazerem parte de um grupo social específico. É contra o estigma e o preconceito que as agências UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), UNIFEM Brasil e Cone Sul (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), UNESCO no Brasil (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), com apoio do UNIC Rio (Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil), somam-se, mais uma vez, ao esforço da sociedade civil pela igualdade de direitos: ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), AMNB (Associação Brasileira de Mulheres Negras Brasileiras), ANTRA (Articulação Nacional de Travestis, Transexuais e Transgêneros), Movimento Brasileiro de Pessoas Vivendo com HIV/Aids e Rede Brasileira de Prostitutas.


Vídeos disponíveis para download 

Português
Espanhol
Inglês

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CRM-SP normatiza atendimento médico dirigido a travestis e transexuais

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) aprovou a Resolução Nº 208/2009 que normatiza o atendimento médico a travestis, transexuais e pessoas que apresentam inadequação ao sexo biológico.

Homologada pela Plenária do Cremesp, a medida entrou em vigor após sua publicação no Diário Oficial do Estado, no dia 11 de novembro de 2009.

Segundo a Resolução, todo atendimento médico dirigido a essa população deve basear-se no respeito ao ser humano e na integralidade da atenção. Durante o atendimento médico, deve ser garantido o direito do (a) paciente usar o nome pelo qual prefere ser chamado (a), independente do nome que consta no registro civil.

Dentre as garantias de assistência em saúde para esse público, a Resolução destaca o atendimento psicossocial, o tratamento psiquiátrico e psicoterapêutico, o tratamento e acompanhamento médico-endocrinoló gico, as intervenções cirúrgicas e outros procedimentos estéticos ou reparadores.

Antes do procedimento médico o paciente deve ser avaliado por equipe multiprofissional. As intervenções ou tratamentos experimentais devem estar obrigatoriamente ligados a protocolos de pesquisa aprovados por Comitês de Ética.

A Resolução do Cremesp visa normatizar, do ponto de vista ético, o atendimento médico a travestis e transexuais em serviços de saúde especializados ou em unidades de saúde e hospitais para os quais os pacientes são encaminhados. Devido ao preconceito e ao desconhecimento dos médicos, muitas necessidades de saúde desta população não são devidamente atendidas pelos profissionais e serviços.

Desde o dia 9 de junho de 2009 a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mantém ambulatório inédito que já realizou mais de 400 atendimentos a travestis e transexuais. As especialidades médicas de urologia, proctologia e endocrinologia (terapia hormonal) concentram muitas das demandas das pacientes.

Também destaca-se o encaminhamento para a realização de cirurgia de transgenitalização, realizada no Hospital das Clínicas da FMUSP e de cirurgia de remoção de silicone industrial, realizada no Hospital Diadema.

Outro serviço destinado a essa população, que funciona como local de convivência e inclusão social é o Centro de Referência da Diversidade (CRD), mantido pelo Grupo Pela Vidda-SP em convênio com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) da Prefeitura de São Paulo.

A Resolução do Cremesp foi discutida e elaborada com a participação de técnicos de vários serviços e hospitais, além de médicos , especialistas em Bioética, entidades da sociedade civil e lideranças do movimento LGBT.

MAIS INFORMAÇÕES
Cremesp: (11) - 3017-9364
Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais - CRT DST/AIDS-SP: (11) 5087-9833
Centro de Referência da Diversidade: (11) - 3151-5786


ANEXO


RESOLUÇÃO CREMESP Nº. 208, DE 27/10/2009

Dispõe sobre o atendimento médico integral à população de travestis, transexuais e pessoas que apresentam dificuldade de integração ou dificuldade de adequação psíquica e social em relação ao sexo biológico.


O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº. 3.268/57, regulamentada pelo Decreto nº. 44.045/58, e,

CONSIDERANDO a dignidade da pessoa humana (inciso III do Art. 1º da Constituição Federal);

CONSIDERANDO o direito à cidadania (inciso II do Art. 1º da Constituição Federal);

CONSIDERANDO a igualdade de todos os cidadãos perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (Art. 5º da Constituição Federal);

CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado (Art. 196 da Constituição Federal);

CONSIDERANDO que a Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e deve ser exercida sem discriminação de qualquer natureza (Art. 1º do Código de Ética Médica, 1988);

CONSIDERANDO que as ações dos serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), obedecem ao princípio de igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie (inciso IV do Art. 7º da Lei 8080/90, Lei Orgânica da Saúde);

CONSIDERANDO os direitos e deveres dos usuários da saúde ( Portaria GM/MS Nº 1.820, de 13 de agosto de 2009);

CONSIDERANDO a normatização da cirurgia de transgenitalização do tipo neocolpovulvoplastia e/ou procedimentos complementares sobre gônadas e caracteres sexuais secundários como tratamento dos casos de transexualismo (Resolução CFM n º 1.652, de 6 de novembro de 2002);

CONSIDERANDO as Diretrizes Nacionais e Normas de Credenciamento/Habilitação de Unidade de Atenção Especializada para o Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde - SUS (Portaria GM/MS nº 1707, de 18 de agosto de 2008; e SAS/MS No- 457, de 19 de agosto de 2008);

CONSIDERANDO as penalidades a serem aplicadas à prática de discriminação em razão de orientação sexual (Lei Estadual N. 10.948 de 5 de novembro de 2001);

CONSIDERANDO as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas envolvendo Seres Humanos (Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde);

CONSIDERANDO finalmente o decidido na Reunião de Diretoria realizada em data de 19/10/09,

RESOLVE:

Artigo 1º - Todo atendimento médico dirigido à população de travestis, transexuais e pessoas que apresentam dificuldade de integração ou dificuldade de adequação psíquica e social em relação ao sexo biológico, deve basear-se no respeito ao ser humano e na integralidade da atenção.

Artigo 2 º - Deve ser assegurado a essa população, durante o atendimento médico, o direito de usar o nome social, podendo o(a) paciente indicar o nome pelo qual prefere ser chamado(a), independente do nome que consta no seu registro civil ou nos prontuários do serviço de saúde.

Artigo 3º - Visando garantir o atendimento integral devem ser consideradas e propostas ao (à) paciente as seguintes possibilidades de abordagem individual: atendimento psicossocial, tratamento psiquiátrico e psicoterapêutico, tratamento e acompanhamento médico-endocrinoló gico, intervenções cirúrgicas e outros procedimentos médicos de caráter estético ou reparador, desde que asseguradas as condutas éticas, as diretrizes clínicas e as normatizações técnicas reconhecidas pela comunidade médica.

Artigo 4º - A indicação terapêutica deverá contar com a avaliação de equipe multiprofissional, com esclarecimento prévio sobre os riscos dos procedimentos e garantia do tratamento das eventuais intercorrências e efeitos adversos.

Artigo 5º - No caso de procedimentos médicos experimentais, a realização está condicionada a protocolos de pesquisa e ensaios clínicos, de acordo com as normas regulamentadoras de experimentos envolvendo seres humanos vigentes no país.

Artigo 6º - Esta Resolução entrará em vigência na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

São Paulo, 16 de outubro de 2.009.

Dr. Henrique Carlos Gonçalves - Presidente

HOMOLOGADA NA 4.104ª SESSÃO PLENÁRIA DE 27/10/2009.
Publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) . Poder Executivo • SEÇÃO I • Volume 119 • Número 210 • Página 168. São Paulo, quarta-feira, 11 de novembro de 200


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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO GRANDE DO SUL RECOMENDA QUE ESCOLAS PÚBLICAS DO ESTADO ADOTEM O NOME SOCIAL DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS



O Conselho Estadual de Educação do Rio Grande do Sul, por solicitação da UNAIDS, aprovou hoje (04/11) parecer que recomenda que as escolas do Sistema Estadual de Ensino adotem o nome social escolhido pelos alunos e alunas transexuais e travestis.

O parecer foi elaborado pela conselheira Hilda de Souza que relatou a necessidade de observação das normas constitucionais que garantem a dignidade da pessoa humana e a não discriminação em razão do sexo.

Na oportunidade a conselheira Maria Eulália Nascimento lembrou que outros Conselhos Estaduais de Educação já vêm reconhecendo a necessidade de garantir que travestis e transexuais sejam tratadas pelo seu nome social no ambiente escolar e que no Pará, inclusive, há uma portaria estadual garantindo esse direito a essa população.

Após as diversas falas emocionadas dos conselheiros o parecer foi a votação sendo aprovado por 19 votos a favor e 1 contra.

Estiveram presentes na plenária do Conselho os militantes Gustavo Bernardes, advogado e Coordenador do Grupo SOMOS – Comunicação, Saúde e Sexualidade e Marcelly Malta, presidente da Igualdade – Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande do Sul, que comemoraram a conquista.

Marcelly Malta diz que este é um importante avanço para a permanência das travestis e transexuais na escola. Para ela, “a luta agora será garantir a divulgação dessa recomendação para as escolas”.

Bernardes, que também tem atuado em ações de mudança de nome e sexo de transexuais e travestis na Justiça gaúcha, afirma que “esse é mais um passo na luta pela cidadania de travestis e transexuais. O reconhecimento da identidade de gênero e do nome social é tão importante quanto à mudança do nome na Justiça”, sintetiza.

Fonte:
Grupo SOMOS – Comunicação, Saúde e Sexualidade
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terça-feira, 3 de novembro de 2009

15º Cross Day : Desejos Secretos, no Studio Dudda Nandez




No dia 21 de Novembro de 2009 ocorrerá o 15º Cross Day e o tema será Desejos Secretos”. Será um evento para as meninas que desejam conhecer mais seu íntimo, gostos de roupas e interesses temáticos.
 
              Os trajes serão de acordo com seu desejo secreto; umas gostam de se vestir como artistas temáticas: mulher maravilha, tiazinha, feiticeira, enfermeira.,colegial, entre outras mais; Ressalto que isso não quer dizer que as participantes e o local seja de promiscuidade e más intenções, é só uma diversão para a meninada se soltar. 


Sorteio:  Será sorteada uma participante para concorrer a um “Curso Completo de Automaquiagem e também Serviços no Studio.        


Taxa: R$ 35,00 (Se pago antecipadamente, limite até dia 15/11). A taxa paga no dia será no valor de R$ 45,00.


Confirmação: Ligue (11) 3867-2891 ou 8742-7433 e pelo duddanandez@hotmail.com . A conta para depósito será passada através deste contato.



              Até breve meninas


              Beijinhos


              Dudda Nandez
Repassando mensagem de e-mail enviada pela Dudda Nandez.

domingo, 1 de novembro de 2009

Japonesa vence concurso de beleza para travestis e transexuais na Tailândia

Do Portal Gay.com.br


1 nov 2009 | por MàssaoUéhara
em: Mundo > Ásia > Taiwan
A japonêsa Haruna Ai (à direita) obteve neste sábado (31) o título de 'Miss International Queen 2009' (Foto: AP)
A japonêsa Haruna Ai (à direita) obteve neste sábado (31) o título de 'Miss International 
Queen 2009' (Foto: AP)


A japonesa Haruna Ai obteve neste sábado, 31/10, o título de ‘Miss International Queen 2009’, concurso de beleza para travestis e transexuais, realizado na Tailândia, que visa à promoção da tolerância e uma atitude positiva para as pessoas transex, reuniu 18 competidores de vários países.

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A primeira princesa foi Kangsadal Wongdusadeekul, da própria Tailândia, e a segunda princesa ficou com a brasileira Daniela Marques.

a Miss Haruna Ai com as princesas Kangsadal Wongdusadeekul da Tailândia (direita) e a brasileira Daniela Marques (esquerda) (Foto: CHRISTOPHE ARCHAMBAULT/AFP/Getty Images)
A Miss Haruna Ai com as princesas Kangsadal Wongdusadeekul da Tailândia (direita) e a brasileira Daniela Marques (esquerda) 
(Foto: CHRISTOPHE ARCHAMBAULT/AFP/Getty Images)

Fonte:
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Festa, música e brilho na 13ª Parada Livre de Porto Alegre

25/10/2009 19:06 - Atualizado em 25/10/2009 21:15

Cerca de 30 mil pessoas estiveram no Parque da Redenção neste domingo

Festa, música e brilho na 13ª Parada Livre - Crédito: Carla Ruas
Festa, música e brilho na 13ª Parada Livre
Crédito: Carla Ruas

Festa, música, cores e brilho. Esse foi o tom que a 13ª Parada Livre imprimiu no Parque da Redenção neste domingo. Um palco montado em frente ao Espelho D´água foi cenário de atrações, como o show da lendária drag queen Dandara Rangel. Com bandeiras de arco-íris, trios elétricos e performances de DJs, o evento marcou a defesa dos direitos humanos para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT).

Aproximadamente 30 mil pessoas integraram a parada, segundo estimativa da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Organizado por grupos de LGBT rio-grandenses, como a Associação de Travestis e Transexuais do RS (Igualdade), o grupo Nuances e o Somos Comunicação, o evento conta com apoio do Ministério da Cultura, da Saúde, da prefeitura de Porto Alegre, do governo do Estado e da Rede Nacional de Pessoas que Vivem com Aids (RNP).

A coordenadora-geral da Associação de Travestis e Transexuais do RS (Igualdade), Marcelly Malta, afirma demandas desses grupos continuam atuais. "Há muita violência contra nós e poucas políticas públicas, o que nos deixa muito vulneráveis. Por isso escolhemos o tema 'Direitos sim, violência não' neste ano", explica.

Para a drag queen Marcela Perón, a parada é um momento de liberdade de expressão. "Aqui podemos celebrar, nos divertir e combater o preconceito com alegria. Tem gente de todas as idades e orientações sexuais convivendo pacificamente. Essa é a ideia", descreve. Segundo Eduardo Hilário, proprietário de um clube gay de Porto Alegre, o evento é importante para unir tribos. "Somos homossexuais e não há nada errado nisso. É uma realidade, não precisamos esconder", declarou.


Fonte: Helena Furtado / Correio do Povo

Clique no link para ler a notícia original no site do Correio do Povo.

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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Porto Alegre realiza neste domingo, 25 de outubro, a 13ª Parada Livre

Bandeiras do arco-íris, mais de 10 trios elétricos, artistas como Dandara Rangel, Laurita Leão e Glória Cristal, Djs como Udo Werner e Samuel Thomas estão todos programados para animar a festa e levar milhares de pessoas para comemorar os 13 anos de Parada Livre, em Porto Alegre, que será realizada neste domingo, 25 de outrubro, a partir das 10h da manhã, na Redenção, onde ocorre todos os anos e, também, para marcar esta data, que é, acima de tudo, um dia de luta pelos Direitos Humanos de LGBT - lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Marcelly Malta, coordenadora geral da Igualdade, que é uma das coordenadoras do evento, afirma "são 40 anos de movimento LGBT e nossas demandas continuam atuais. Há muita violência contra nós e pouquíssima política pública, o que nos deixa muito vulneráveis, por isso escolhemos este ano o tema "Direitos sim, violência não", sintetiza.

No ano passado, dados do movimento LGBT apontam que 190 homossexuais foram assassinados no país, o que representa mais de um a cada dois dias. O número regista um aumento de 55% em relação a 2007, quando foram notificados 122 homicídios de LGBT. Em 2008, os gays foram a maior parte das vítimas (64%), enquanto as travestis e transexuais representaram 32%, e as lésbicas, 4%.

Por isso que autoridades de peso que trabalham com Direitos Humanos confirmaram a participação e entraram firme na luta contra a homofobia. O dr. Paulo Leivas, Procurador da República e a dra. Marcia Medeiros, Procuradora do Ministério Público do Trabalho; além de ativistas nacionais, tais como Toni Reis, presidente da ABGLT - Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bisexuais e Travestis e de Rafaelly Weist, da ANTRA - Articulação Nacional de Travestis e Transexuais, confirmaram sua presença.

Neste ano mais uma vez os grupos LGBT gaúchos estão mostrando amadurecimento e união. A Coordenação Geral está sob a responsabilidade da Igualdade - Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande do Sul, mas também compõem a comissão organizadora os grupos Nuances - Grupo Pela Livre Expressão Sexual; SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade; Liga Brasileira de Lésbicas da Região Sul e URSUL.

Nesta 13ª edição da Parada Livre o evento conta com o apoio do Ministério da Saúde, da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através das Secretarias de Cultura e de Direitos Humanos e Segurança Urbana; do Governo do Estado do RS e da RNP - Rede Nacional de Pessoas que Vivem com HIV/Aids.

Programação

10h da manhã, bancas das ONGs

12h Som com DJs Udo Werner e Samuel Thomas

14h Abertura dos shows com as apresentadoras Laurita Leão, Glória Cristal e Dandara Rangel

15h Fala dos representantes dos movimentos e autoridades

17h Parada Livre volta em torno da Redenção e retorno ao palco onde continuará a função.

Crédito da foto da Parada de 2008: Walter Karkatzki

Fonte:

http://somosglbt.blogspot.com/2009/10/porto-alegre-realiza-neste-domingo-25.html
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terça-feira, 20 de outubro de 2009

13ª Parada Livre de Porto Alegre - Domingo (25/10) na Redenção

Está chegando a hora, é no próximo domingo, dia 25 de outubro, no Parque da Redenção, que vai acontecer a 13ª Parada Livre de Porto Alegre.

Segue o cartaz oficial de divulgação do evento.

Participe !!!






quinta-feira, 15 de outubro de 2009

STJ autoriza transexual a mudar nome e sexo na certidão de nascimento

15/10/09 - 15h59 - Atualizado em 15/10/09 - 16h30

Decisão também assegura que alterações não constem no registro.
Clauderson, que fez cirurgia de mudança de sexo, vai se chamar Patrícia.


Diego Abreu

Do G1, em Brasília


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou nesta quinta-feira (15) que um transexual tenha seu nome e sexo alterados no registro de nascimento. Por unanimidade, os ministros da 3ª Turma reverteram decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que havia negado as mudanças, sob a alegação da “imutabilidade dos dados em registros civis”.

Com a decisão desta tarde, o transexual, que já passou por cirurgia de mudança de sexo, deixará oficialmente de se chamar Clauderson e passará a se chamar Patrícia. Por sugestão da ministra relatora do processo, Nancy Andrighi, a mudança não poderá constar na certidão de nascimento, mas apenas nos livros do cartório.


Assim, não será possível que, quando apresentado o registro de nascimento, se constate que o documento pertence a uma pessoa que mudou de sexo. A defesa do transexual alegou no processo que a aparência de mulher ao contrastar com o nome e o registro de homem causa-lhe “transtornos e dissabores sociais, além de abalos emocionais e existenciais”.


"Se o Estado consente com a possibilidade de realizar a cirurgia, logo deve prover os meios necessários para que o indivíduo tenha vida digna como se apresenta perante sociedade", afirmou a ministra relatora.


Apesar de não possuir caráter vinculante, a decisão poderá servir de parâmetro para futuros casos de mudança de nome e sexo que sejam questionados no STJ ou em outros tribunais.


Fonte:

Portal G1 (Globo)

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1342579-5598,00.html

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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

TERÇAS TRANS :: NÓS TAMBÉM DISCUTIMOS A PATOLOGIZAÇÃO DA TRANSEXUALIDADE!!!!

Olá Pessoal,

Pra quem não pode estar no Rio na discussão sobre patologização da transexualidade, estaremos nos reunindo nesta terça para a roda de conversa:

TRANSEXUALIDADE: PATOLOGIA OU DIREITO DE SER!!

Estamos de acordo com o CID 10 e suas especificações? A patologização traz benefícios a pessoa transexual? Até que ponto o discurso médico patologizado não beira o preconceito e a discriminação? Pacientes ou Cidadãs? Dá pra conciliar as duas coisas? Seremos mesmo doentes?

@s convidad@s seremos nós mesm@s, com nossas experiências e necessidades. A reunião tem como objetivo a inclusão ou não de pessoas na Campanha Mundial pela Despatologização da Transexualidade que pode acontecer na revisão do CID em 2012!!

IMPERDÍVEL!!!!

Venha você também:

13/10/2009 às 19h
Centro de Referência da Diversidade
Rua Major Sertório, 292/294 - Centro
Metrô República

Repassando mensagem enviada por e-mail pela Alessandra Saraiva.
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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Processo transexualizador - patologia ou saúde? Roda de conversa no CRP-RJ

A transexualidade é um fenômeno complexo no qual o sujeito sente-se não pertencendo ao sexoanatômico e demanda por reconhecimento como alguém do sexo oposto. Na atualidade, tornou-se uma experiência patologizada, tendo como consequência sua definição como uma desordem psiquiátrica - o Transtorno de Identidade de Gênero (TIG) – e sua incorporação aos manuais diagnósticos.

Os procedimentos de modificação corporal solicitados pelo sujeito que vivencia a transexualidade, incluindo a cirurgia de transgenitalização, são condicionados a avaliação médico-psicológica para confirmação do estado psicológico e das evidências de sofrimento clinicamente significativos ou prejuízo em áreas importantes da vida do indivíduo.


No Brasil, seguindo uma tendência internacional, a concepção patologizada da transexualidade é continuamente problematizada, levando em consideração a diversidade dessa experiência. A fim de realizar um deslocamento de sua definição psiquiátrica para a compreensão de uma experiência subjetiva singular, tanto a academia quanto o movimento social têm colocado em discussão essa questão, que se alinha à Campanha Mundial pela Despatologização da Transexualidade.


Nesse cenário, o Conselho Regional de Psicologia convida para a Roda de Conversa “Processo transexualizador - patologia ou saúde?”, na qual pretendemos debater sobre a psiquiatrização da transexualidade e seus efeitos.


O evento terá como convidados:

  • Bianca Santos - capitão-de-corveta (comandante) reformada da Marinha.
  • Majorie Macchi – Associação das Travestis e Transexuais do estado do Rio de Janeiro (Astra-Rio)
  • Márcia Áran - professora do Instituto de Medicina Social/UERJ
  • Daniela Murta Amaral (CRP 05/29141) - psicóloga, doutoranda em Saúde Coletiva do Instituto de Medicina Social/UERJ, colaboradora do GT Psicologia e Diversidade Sexual do CRP-RJ
  • LindomarExpedito Silva Darós (CRP 05/20112) – conselheiro presidente da Comissão de Psicologia e Políticas Públicas do CRP-RJ
  • Pedro Paulo Gastalho de Bicalho (CRP 05/26077) – conselheiro do CRP-RJ e membro do GT Nacional de Psicologia e Diversidade Sexual do Sistema Conselhos


Roda de Conversa “Processo transexualizador - patologia ou saúde?”
Data: 7 de outubro – 18:30h
Local: Auditório do CRP-RJ – Rua Delgado de Carvalho, 53, Tijuca

Rio de Janeiro
Informações: eventos@crprj.org.br


Fonte:

Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro

http://www.crprj.org.br/2009100101.asp

sábado, 3 de outubro de 2009

Filmes sobre sexualidades e identidade de gênero com entrada franca

Repassando informação do Grupo SOMOS, Comunicação, Saúde e Sexualidade

O Cine Santander está promovendo a 4ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, entre os dias 8 a 16 de outubro. A mostra é exibida simultaneamente em 16 capitais brasileiras. São filmes inéditos em exibições únicas e, por isso, é importante ficar atento à programação.

São 39 filmes em 23 programas, mas o SOMOS indica pelo menos três, que abordam os temas das sexualidades e de identidade de gênero.

Os documentários e as ficções - curtas, médias, longas - estão divididos em: Mostra Contemporâneos, Sessões Especiais, Retrospectiva Histórica - Iguais na diferença e Homenagem - Vídeo nas Aldeias. O foco principal é a produção recente dos países sul-americanos, que reúne títulos de diferentes autores, temáticas, estéticas e formatos. O processo de seleção teve convocatória pública, o que permitiu que os produtores apresentassem suas realizações à curadoria. Este ano, a Mostra amplia ainda mais o seu circuito de exibição, atingindo 16 capitais brasileiras.

A 4ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul é uma realização da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República com patrocínio da Petrobras, produção da Cinemateca Brasileira, apoio do Ministério das Relações Exteriores, TV Brasil, Sesc São Paulo, Sociedade Amigos da Cinemateca e Unesco. A curadoria desta edição é de responsabilidade do cineasta e curador Francisco Cesar Filho. Como nas edições anteriores, o público avalia o conjunto de filmes e seus votos determinam os vencedores do Prêmio Aquisição TV Brasil.

PHEDRA

10 de outubro, sábado, às 17h (junto com o filme “A devoção”

Phedra

Claudia Priscilla, Brasil, 13 min, 2008, doc

Documentário sobre a atriz Phedra de Córdoba, cubana e transexual que vive no centro de São Paulo.



NÃO CONTE A NINGUÉM

14 de outubro, quarta às 19h

No se lo Digas a Nadie

Francisco J. Lombardi, Peru/ Espanha, 120 min, 1998, fic

Não Conte a Ninguém narra a trajetória pessoal de um filho da mais acomodada burguesia de Lima, que descobre – em um contexto familiar no qual o machismo mais brutal e o preconceito de classe coexistem com a falsidade – sua própria identidade homoerótica, que o leva à espiral do vício nas drogas e à beira da prostituição.



OS SAPATOS DE ARISTEU

15 de outubro, quinta às 17h (junto com o filme “O signo da cidade”, de Carlos Alberto Riccelli.

Los Zapatos de Aristeu

René Guerra, Brasil, 17 min, 2008, fic

O corpo de uma travesti morta é preparado por outras travestis para o velório. A família, após receber o corpo, decide enterrá-lo como homem. Uma procissão de travestis então se encaminha para o velório para se despedir dele. Os sapatos são calçados. A morte é apenas uma janela.

Aqui, a postagem original, no blog do SOMOS.

Os horários da postagem se referem às exibições em Porto Alegre. Para acessar a programação completa, nas 16 capitais em que a Mostra será realizada, acesse:
http://www.cinedireitoshumanos.org.br/
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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ela ou ele? Transexuais que participam de programas populares falam sobre preconceito e estigmas

Por Neto Lucon
Para o Mix Brasil




Não é de hoje que programas populares investem na imagem de travestis e transexuais em seus quadros, seja para performances musicais, brincadeiras ou pegadinhas. Mas será que tal participação contribui para a quebra de preconceitos ou reforça o estigma da chacota?

Atualmente o mais comentado é o Programa do Ratinho, que abre espaço na brincadeira “Ele ou Ela”, em que um grupo de cinco garotas - mulheres e trans - são avaliadas pelos telespectadores. Vestidas iguais, o público diz “ela” quando acreditam se tratar de uma mulher e “ele” quando acham que é uma travesti.

"Não gosto que me chamem de ele"
A transexual Daniela Marks (foto), de 22 anos, participa pela sexta vez do quadro “Ele ou Ela” e diz que a exposição não agrega muito para sua vida, nem pela quebra de preconceitos. Por outro lado, ela afirma ser bastante elogiada pelos telespectadores e produção.

“Somos bem tratadas pelo público e pela produção do SBT. Todos nos recebem com muito respeito e elogiam nossa beleza. Dizem até que somos as mais bonitas (ela participa ao lado da amiga Laís) que as mulheres.”

Neste caso, enquanto muitos se surpreendem com a beleza trans, outros dizem que chamá-las de maneira masculina é uma forma de disseminar preconceito, uma vez que o movimento luta para que sejam tratadas de acordo com a construção de gênero.

“Não gosto de ser chamada de ‘ele’, mas considero isso apenas um detalhe. O maior problema é a forma que isto é exposto na mídia, pois no meu cotidiano as pessoas me tratam de maneira feminina”, salienta ela.

Pior em programas policiais
Em 2003, a transexual Danielle Di Biaggio participava das pegadinhas do extinto programa do João Kleber, “Tarde Quente”, na RedeTV. Para ela, a exposição não era prejudicial comparada a outras abordagens. “O que me faria sentir mal é se estivesse em programas policiais. Essa, sim, é a pior forma de queimar nossa imagem.”

Ela declara que, embora a intenção seja da brincadeira, as pegadinhas proporcionavam momentos de admiração. “Por mais que possam fazer chacotas, no fundinho o telespectador fica admirado com nossa beleza. A beleza da transformação de um garoto que chega a ser mais feminina que muitas mulheres genéticas”, declara.

Já nos shows de transformismo, o convite é aceito pela divulgação do trabalho e um cachê extra. Paula Sabatine, que está na JUNIOR#13, na matéria sobre artistas covers, participou de dois quadros do programa Silvio Santos. Em uma performance da cantora Cher, ela levou o primeiro lugar e faturou R$400,00. “É a divulgação de um trabalho”, frisa ela.

Confira a notícia original no site Mix Brasil.
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