sexta-feira, 17 de abril de 2009

Transexual Moa é entrevistada no Programa do Jô

Moa é entrevistado no programa do Jô
15/04/2009 - 19:04:37

Portal Nortes.com.br, de Nova Venécia-ES


Cintia Zaché
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A entrevista foi um arsenal de pontos divergentes e Moa agradou não só o comediante, como também a plateia.
Nova Venécia - Ele esteve em São Paulo gravou o programa que foi ao ar nesta semana e ao lado do Jô, Moa contou sobre a carreira de parlamentar, a vida pessoal e ainda a possibilidade de ter sido padre.

Fazendo história, o vereador Moacyr Sélia Filho, o Moa, foi um dos entrevistados do Programa do Jô, exibido na noite desta última terça-feira (14).

Numa entrevista bem descontraída, Moa foi entrevistado pelo comediante, que abordou assuntos indo da política, sexualidade, educação, família e entre outros.

A primeira coisa que Moa fez ao sentar na poltrona do Jô foi divulgar o nome de Nova Venécia, evidenciando a predominância de descendentes italianos do município, citando também o nome da capital do Estado, Vitória.

Durante entrevista, Moa relatou sobre sua vida, contou ao Jô sobre a infância, adolescência e inclusive sobre a intenção, na adolescência, de ser padre, o que precisou desistir segundo ele, devido às poucas condições financeiras da família para custear os estudos. Nesse momento, Moa relatou o nome da cidade de São Mateus, onde estudaria para seguir na vida religiosa.

Sendo aplaudido pela platéia algumas vezes, o parlamentar estendeu a bandeira a favor das mulheres e disse que tem prazer em pegar uma carona no sexo nem um pouco frágil. Entre outros assuntos Moa falou sobre mudança de sexo. “Eu não mudarei de sexo, não farei cirurgia porque pra mim, a sexualidade está na cabeça, não na genital, tenho isso muito bem resolvido em minha mente”, disse Moa.

Jô deixou o vereador bem à vontade durante entrevista, tanto que o parlamentar pode defender o que sempre prega na política, que é a transparência e a moralização do sistema.

A corrupção existente no legislativo, também foi um dos pontos cruciais no bate-papo. Isso foi uma das coisas que impressionou o Jô, que perguntou a Moa se numa cidade tão pequena, também existia corrupção.

Enfim, a entrevista foi um arsenal de pontos divergentes e Moa agradou não só o comediante, como também a plateia.

Moa foi para São Paulo neste último domingo (12). Com tudo pago pela Rede Globo, um carro foi até a residência do vereador transportá-lo até o aeroporto de Vitória. Chegando em São Paulo, Moa gravou o programa na segunda-feira e retornou para o Espírito Santo no outro dia.

Saiba mais...

Moa se reelegeu em Nova Venécia vereador da Câmara Municipal nesta última eleição, sendo o terceiro vereador mais bem votado, com 871 votos, e disputando com mais 100 candidatos ao cargo, o que foi eleito apenas nove.

O parlamentar ocupou também a presidência da Câmara durante quase dois anos devolvendo aos cofres públicos cerca de R$ 1 milhão, fato inédito no legislativo da cidade.

O vereador foi eleito pela primeira vez em 2004, tem 51 anos. Foi o primeiro transexual eleito presidente de Câmara no Espírito Santo e o segundo no Brasil.

Moa é conhecido por pegar no pé dos políticos e servidores que dão uma de espertinhos com o dinheiro público e conquistou a reeleição pregando a transparência e a moralização.

Nova Venécia possui cerca de 45 mil habitantes, 33 mil eleitores e está localizada no Norte do Estado.

Cintia Zaché
Contatos: (27) 81532655/99651016
cintiazache@hotmail.com

Leia a matéria original, no portal Nortes.com.br, clicando aqui.

E assista o vídeo da entrevista, no site da Globo:




Se alguém está encontrando dificuldades (ou lentidão excessiva) no acesso ao site da Globo, pode assistir no YouTube, em duas partes:



quinta-feira, 16 de abril de 2009

25 de abril é dia de mais um Cross Day no Studio Dudda Nandez


Atenção a todas as CDs de Sampa e proximidades:

No dia 25 de abril, um sábado, o Studio Dudda Nandez promoverá o seu tradicional Cross Day. Desta vez, o encontro terá como tema "Os dramas e as alegrias de uma Crossdresser: Relatos".

Não custa lembrar, especialmente para as CDs iniciantes, que o Studio oferece desde serviços de maquiagem até uma produção completa.

Mais informações no site: http://www.duddanandez.com.br

Ou pelo e-mail: duddanandez@hotmail.com

Até mesmo porque a confirmação da presença ou contratação de serviços extras devem ser feitos com certa antecedência, para que tudo possa funcionar corretamente.
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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Abaixo assinado pela Adoção Homoparental

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Pela adoção homoparental

“Conseguimos algo que todos achavam que seria impossível”, comemorou Edson Torres, após o juiz da Vara da Infância e da Juventude de Ribeirão Preto, Paulo Cesar Gentile, conceder em janeiro a guarda definitiva de quatro irmãos a ele e a seu companheiro, João Amâncio. O casal está junto há 17 anos e há três tinha a guarda provisória das crianças, que viviam em um abrigo da cidade paulista desde 2003, quando foram abandonadas pelos pais biológicos.

Histórias como a dos cabeleireiros Edson e João, que apenas recentemente começaram a se tornar realidade no Brasil, costumam chamar a atenção e causar reações conservadoras. Apresentado em dezembro de 2008 na Câmara dos Deputados, o PL 4508/2008, de autoria do deputado Olavo Calheiros (PMDB/AL), visa justamente a proibir a adoção de crianças por casais homossexuais.


De acordo com o documento, a adoção poderá ser formalizada “apenas por casal que tenha comprovado o casamento oficial e a estabilidade da família, sendo vedada a adoção por homossexuais”. Em sua justificativa, o deputado argumenta ser necessário proteger a criança adotada da possível exposição a situações que possam interferir na sua formação, acrescentando que “toda criança deve ter direito a um lar constituído de forma regular, de acordo com os padrões da natureza”.


Autora da tese de doutorado “Nós Também Somos Família: estudo sobre a parentalidade homossexual, travesti e transexual”, a antropóloga Elizabeth Zambrano (UFRGS) critica o uso de argumentos sem suporte científico para dar embasamento ao projeto. Segundo Elizabeth, os resultados de um grande número de pesquisas, nas áreas da Psicologia e Ciências Sociais, realizadas em diferentes países desde a década de 1970, mostram que crianças vivendo em famílias homoparentais apresentam um desenvolvimento equivalente ao daquelas que vivem em famílias heteroparentais. “As diferenças que podem vir a ocorrer são dependentes das capacidades parentais dos cuidadores e não das suas orientações sexuais”, afirma.


A antropóloga também chama atenção para o fato de que, caso seja aprovado, o PL 4508/2008 impedirá que crianças que se encontram em abrigos institucionais sejam acolhidas por lares que efetivamente as desejam. “O projeto deixa sem a proteção do Estado crianças que já vivem em famílias homoparentais e impede que outras cresçam com amor e cuidados que, dificilmente, as casas de abrigo institucional podem oferecer”, lamenta.


De fato, este não é um dado que deva ser desprezado: existem no país hoje cerca de 80 mil crianças em instituições como estas. Mas, segundo a desembargadora aposentada Maria Berenice Dias, advogada especializada em Direito Homoafetivo, o interesse desses casais geralmente é por crianças pequenas, ficando à deriva aquelas que já não se encaixam neste perfil.


“A procura desses casais, que freqüentemente não conseguem ter filhos, é por crianças que sejam a sua imagem e semelhança. Este é um assunto cercado de muitas frustrações e mascaramento. Vários sequer contam sobre a adoção, pois não querem que os outros saibam que não cumpriram com esta ‘obrigação social’, que é ter filhos”, observa.


Por outro lado, casais homoafetivos impõem menos restrições quando dão entrada em um processo de adoção. Nesse sentido, Maria Berenice revela que os cabeleireiros Edson e João, que adotaram quatro irmãos com idades entre 12 e 06 anos, não são uma exceção.


“No caso dos homossexuais, como está muito flagrante que o filho não é deles, eles não têm esse tipo de preocupação. Eles são tão alvo de preconceito que não têm preconceitos na hora de adotar”, explica.


Assim, muitas crianças que não se enquadram no que seria o “perfil” privilegiado por casais heterossexuais – seja por questões de cor/raça, idade ou pelo fato de terem irmãos (já que a preferência, na Justiça, é pela não separação das crianças, o que muitas vezes gera desinteresse por parte dos adotantes) – possivelmente não teriam outra chance de ter um lar.


A questão, na opinião de Maria Berenice, é que os legisladores estão preocupados principalmente em agradar o eleitorado, que é majoritariamente heterossexual. O conseqüente descaso em relação aos interesses das minorias explicaria a elaboração de um projeto como o PL 4508/2008 que, na análise da desembargadora, é “de uma inconstitucionalidade flagrante”.


“Há um princípio que veda o retrocesso social: a lei não pode retroceder. E esse projeto vai contra esse princípio. O próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) admite a adoção por pessoas sozinhas, sem restrição à orientação sexual”, afirma. “Além disso, a família não é constituída exclusivamente pelo casamento. Até 1967 era assim, mas a Constituição atual não diz isso. O conceito de família abrange tanto o casamento, como a união estável e a família monoparental, também sem qualquer restrição quanto à orientação afetivo-sexual de quem a compõe”.


O advogado Enézio de Deus, autor do livro “A Possibilidade Jurídica de Adoção Por Casais Homossexuais”, também não manifesta dúvidas em relação à inconstitucionalidade do projeto. No artigo Adoção Homoafetiva e Inconstitucionalidade, publicado no site do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), o advogado argumenta que família “não se trata de um dado biológico/natural, mas de uma realidade afetiva (teia intersubjetiva) cultural e plural - com variadas formas de composição, dentro das quais não existe padrão de ‘regularidade’ ou de ‘normalidade’”. Enézio argumenta ainda que a orientação afetivo-sexual das pessoas é um direito fundamental, personalíssimo de todo indivíduo, e que não deve servir como critério para vedar o exercício de um outro direito, qual seja, o de adotar.


Na opinião de Maria Berenice Dias, o PL 4508/2008 é, na verdade, uma “artimanha” para tentar arquivar o PL 2285/2007, ao qual foi apensado. Com efeito, no início de março foi solicitada a desapensação do projeto que veda a adoção por homossexuais, mas o pedido foi negado esta semana pela Mesa da Câmara, sob a alegação de que ambas proposições tratam de assuntos conexos.


O PL 2285/2007, apresentado pelo deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA), cria o Estatuto das Famílias , documento elaborado pelo IBDFAM e que resulta de uma ampla revisão da legislação brasileira que trata das relações familiares.


“Vimos que seria mais adequada a confecção de um estatuto autônomo, desmembrado do Código Civil. Não é mais possível tratar questões visceralmente pessoais da vida familiar valendo-se das mesmas normas que regulam as questões meramente patrimoniais, como propriedades, contratos e demais obrigações”, explica o advogado Rodrigo da Cunha Pereira, presidente do instituto. “Ocorre que várias manobras legislativas tentam distorcer o Estatuto das Famílias”.


Crítico ao projeto apresentado pelo deputado alagoano, Rodrigo lamenta que, na maioria das vezes, a moral prevaleça sobre a ética no momento de se aprovar ou não determinada lei:


“Se pensassem simplesmente pelo viés da ética, projetos considerados polêmicos envolvendo questões de família e sexualidade seriam aprovados. Entretanto, esses parlamentares trazem consigo, em sua história pessoal, em sua subjetividade, a sua moral particular”, observa, acrescentando que a aprovação do PL 4508/2008 representaria um retrocesso em relação aos avanços já conquistados no Judiciário.


Com efeito, a jurisprudência brasileira já reconhece a união homoafetiva como entidade familiar. Em 2008, informa Rodrigo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) proferiu uma decisão paradigmática ao recomendar que ações que envolvem o direito homoafetivo sejam julgadas em varas familiares e não em varas cíveis.


“Até então, a união homoafetiva era vista como uma sociedade de fato, ou seja, um ‘contrato entre sócios’. Com essa decisão de vanguarda, há a possibilidade de o Judiciário admitir a união entre pessoas do mesmo sexo, atribuindo todos os efeitos decorrentes dessa relação”, esclarece.


No que diz respeito especificamente à adoção por casais homoafetivos, alguns tribunais estaduais, acompanhando o avanço das demandas sociais, também chegaram a consenso sobre o tema. É o caso do Rio Grande do Sul, um dos estados mais progressistas em relação ao tema. Lá, os magistrados entendem que, sempre que forem cumpridas as exigências sócio-econômicas e psicológicas comuns aos heterossexuais, a adoção por casais homoafetivos será concedida.


Tal consenso contribuiu para que os casais passassem a se candidatar à adoção de forma conjunta. Antes, para tentar escapar do preconceito, muitas pessoas se submetiam ao processo sozinhas. Esta solução, no entanto, acabava trazendo danos à criança:


“Só um se submetia às avaliações e tinha obrigações em relação à criança, quando na realidade ela iria morar com os dois e criaria vínculo afetivo com os dois”, afirma Maria Berenice Dias. “No caso de morte do adotante, a criança tornava-se órfã e no caso de separação do casal, não havia obrigação do pagamento de pensão”.


Segundo a desembargadora, a jurisprudência deferindo a adoção por homossexuais no Rio Grande do Sul data de 2006 e casos como estes são tratados diariamente nas Varas de Infância e Juventude. Apesar de acreditar que exista um número significativo de adoções homoparentais no estado, Berenice afirma ser impossível quantificá-las, pois nas situações em que a vara habilita a adoção pelo casal e não são impetrados recursos, o processo não chega ao Tribunal de Justiça.


Frente à reação conservadora do deputado, instituições e pessoas ligadas às Universidades e aos movimentos sociais de defesa dos direitos humanos formularam um abaixo-assinado em repúdio ao Projeto de Lei nº 4508/2008.


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sábado, 11 de abril de 2009

Crossdresser. Você sabe o que é ?

Jornal A Noticia

Joinville, 12 de abril de 2009

O FATO DE HOMENS SE VESTIREM DE MULHER NÃO TEM RELAÇÃO DIRETA COM PRÁTICAS (HOMO) SEXUAIS: A QUEBRA DE BARREIRAS RELACIONADAS A CONVENÇÕES DE GÊNERO DIALOGA COM INSTÂNCIAS DA VIDA SOCIAL E COMPREENDÊ-LAS É IMPORTANTE NA QUEBRA DOS PRECONCEITOS

Homens vestidos de mulher estão presentes há bastante tempo na literatura, filmes, conversas, piadas e momentos da vida social, como as festas à fantasia ou o Carnaval.

De modo geral, essas pessoas são representadas nesses espaços por uma certa veia cômica, sob o prisma do risível. Ao longo de minha pesquisa de doutorado com homens que se vestem de mulher ou crossdressers, pude notar que esta prática, para eles, nada tem a ver com esta ideia de cômico.

Pelo contrário, as pessoas com quem convivi ao longo de minha pesquisa levam bastante a sério a ideia de se montar. Uma crossdresser pode ser definida como alguém que eventualmente usa ou se produz com roupas e acessórios tidos como do “sexo oposto” ao seu “sexo biológico”.

Há diversas formas de praticar crossdressing, com graus variados tanto em termos de tornar a prática pública, quanto em graus de intervenção e mudança corporal.

Algumas crossdressers se montam apenas para ficar em casa, ou apenas usam um ou outro acessório ou roupa (um salto, uma calcinha, uma saia); outras se montam por completo (com roupas, acessórios, saltos, perucas e maquiagem). Tem quem conte para famílias, cônjuges e amigos, enquanto outras mantêm este lado de sua vida em absoluto segredo.

Há as que depilam o corpo todo, deixam o cabelo crescer, fazem unhas e sobrancelhas, ou apenas mascaram os traços da masculinidade quando se montam, por meio de truques que vão aprendendo ao longo de suas vidas.

A montagem das crossdressers é eventual e isso implica em entender que elas têm uma espécie de vida dupla: há a vida montada e a vida desmontada. Essas duas vidas, na maior parte dos casos, estão absolutamente dissociadas uma da outra.

* Anna Paula Vencato é professora do departamento de sociologia da UFSCar, doutoranda em antropologia pela UFRJ, mestre em antropologia social pela UFSC.

ANNA PAULA VENCATO* | FLORIANÓPOLIS


NOVOS TERMOS
Crossdresser: Pessoa que às vezes usa ou se produz com roupas e acessórios tidos como do “sexo oposto” ao seu “sexo biológico”.
Cd: Diminutivo de crossdresser
“Se montar”/ “se vestir de mulher”: Ato ou processo de travestir-se, (trans)vestir-se ou produzir-se com roupas “do outro sexo”.
Estar en femme: Estar montada.
S/O (Supportive Opposite): Pessoa do sexo oposto da cd que a aceita e apoia nesta prática. Pode ser uma amiga, namorada, esposa, irmã, etc. É comum que as S/O’s sejam esposas ou namoradas. De qualquer modo, nem toda cd tem uma S/O.
AN.com.br
Leia o texto completo no blog do Ideias

Admiração pelo feminino

Para as crossdressers, o prazer de se vestir de mulher reside no ato de parecer feminina, o que explica, por exemplo, a preferência por serem chamadas por pronomes femininos quando montadas. Todas as crossdressers escolhem um nome feminino e um sobrenome, o qual usam nos momentos em que estão en femme.

De modo geral, as crossdressers se inspiram e buscam realizar em suas montagens coisas que observam nas mulheres e que admiram ou em coisas que elas vêem nas mulheres e acham interessante. Há um grande investimento emocional e também financeiro feito por essas pessoas para se montarem.

Há crossdressers que, inclusive, investem mais em comprar roupas para o lado feminino que para o lado masculino. Algumas têm armários inteiros de roupas femininas caso morem sozinhas ou as pessoas com quem moram saibam do crossdressing. Outras guardam as coisas de se montar em uma mala ou mochila, que escondem em algum lugar da casa, do escritório ou do carro.

A produção da feminilidade – ou da “mulher” que se quer ser – aparece nos discursos como algo que tem impacto em suas vidas afetivas, tanto no que concerne a família e amigos quanto no que concerne a seus relacionamentos amorosos. Evidentemente, os impactos são diferenciados para cada tipo de relação. Nas relações com família, de modo geral, há certa política “não pergunte, não fale” ou, mesmo, um segredo sobre a prática.

Uma das pessoas com que conversei ao longo de minha pesquisa relata que, conforme colocava as maquiagens que eram favoritas, e pertenciam à mãe e à irmã, eram percebidas por elas como “mais usadas do que deveriam” e as mesmas deixavam de ser compradas.

A matéria original, no site do Jornal A Notícia, dividida em duas partes pode ser lida clicando nos links a seguir:

Crossdresser. Você sabe o que é ?

Admiração pelo feminino
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terça-feira, 7 de abril de 2009

Trans de Jundiaí consegue na Justiça troca de nome e indicação para cirurgia

Mix Brasil
7/4/2009

Por Redação



O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) decidiu conceder a mudança de nome nos documentos oficiais e a indicação para cirurgia da cabeleireira Carla Basílio, de Jundiaí. Em decisão do juiz Leonardo Aigner Ribeiro tomada em fevereiro, a transexual custeará as despesas da emissão dos novos documentos – que não poderão conter referência alguma ao passado masculino de Carla – e deverá ser acompanhada pelo serviço público de saúde em sua cirurgia de readequação sexual.

Depois de uma perícia para comprovar a feminilidade da cabeleireira, o caso de Carla foi julgado e considerado procedente (tipo aprovado) porque, segundo o texto da decisão, “o registro de nascimento deve refletir a realidade fática do autor, não podendo haver qualquer tipo de discriminação quanto a sua condição em relação ao sexo”.

A decisão diz ainda que “Não deve haver qualquer anotação no seu assento de nascimento quanto às mudanças, pois implicaria criação de situação discriminatória, o que não pode ser aceito”. Agora se definindo como “linda, maravilhosa, uma mulher de corpo e alma feliz”, Carla deve continuar se dedicando à beleza e estética e curtindo o amor do lado de seu companheiro.

Leia a matéria original em:
http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/6_76_72097.shtml
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