quarta-feira, 18 de maio de 2011

8º Seminário LGBT movimenta o Congresso Nacional


Para homenagear a data em que a Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais, no ano de 1990, no dia 17 de maio se comemora o Dia Internacional de Combate à Homofobia (em inglês, usa-se o acrônimo IDAHO). No Brasil, a data foi oficializada no ano passado, por Decreto do Presidente Lula. 

Porém, o Seminário Nacional LGBT no Congresso Nacional começou há mais tempo e hoje foi realizada a sua oitava edição. O evento contou com a presença de parlamentares, artistas e ativistas vindos do Brasil inteiro e o tema desta edição foi "Quem ama tem o direito de casar", com vistas a reforçar a luta pela aprovação da PEC apresentada que trata do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.




A abertura aconteceu com o Hino Nacional interpretado à capela, pela cantora Wanessa Camargo. No entanto, no meio artístico a presença mais marcante foi de Preta Gil, vítima recente de racismo e homofobia em um programa de TV, que afirmou com orgulho "sou negra e bissexual", relatando que sofre preconceito desde que nasceu porque seu pai, o ilustre Gilberto Gil encontrou dificuldade em registrá-la com o nome de Preta.

Diversos parlamentares revezaram-se na condução dos debates e nos depoimentos, com destaque para o Deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), primeiro homossexual assumido e não-homofóbico a chegar ao Congresso Nacional (como ele mesmo costuma dizer). Os deputados gaúchos Manoela D'Ávila (PC do B) e Paulo Pimenta (PT) foram outros que mais uma vez mostraram seu apoio com plena convicção.

Do Senado, a presença feminina de Marta Suplicy (PT-SP), a mais aplaudida de todas, e Marinor Brito (PSOL-PA), mostrando a mesma firmeza que teve nos recentes enfrentamentos ao parlamentar mais homofóbico de todos, o qual não vamos citar o nome.

Mas que deu o verdadeiro colorido ao evento foi a presença maciça de militantes e ativistas de todas as partes do Brasil, entre as quais, esta que vos escreve. Na foto a seguir, segurando a bandeira do Rio Grande do Sul, ao lado de Marcelly Malta, Presidente da ONG Igualdade RS, da qual eu participo.


Na parte da tarde, alternaram-se nos debates os representantes dos movimentos sociais e de órgãos governamentais. Porém, foi na última mesa que houve o momento mais emocionante, com o depoimento de Angélica Ivo, mãe do menino Alexandre Ivo, brutalmente assassinado em junho do ano passado na cidade de São Gonçalo-RJ, por um grupo de inspiração neonazista e motivação abertamente homofóbica.

Neste dia 18 de maio, teremos a Marcha Nacional e a seguir postamos nosso álbum com as fotos tiradas no Seminário LGBT.


Um comentário:

  1. Olá, achei seu blog bem interessante e educativo.
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    Beijos, Gi.

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