Por Neto Lucon
Para o Mix Brasil
Para o Mix Brasil
Não é de hoje que programas populares investem na imagem de travestis e transexuais em seus quadros, seja para performances musicais, brincadeiras ou pegadinhas. Mas será que tal participação contribui para a quebra de preconceitos ou reforça o estigma da chacota?
Atualmente o mais comentado é o Programa do Ratinho, que abre espaço na brincadeira “Ele ou Ela”, em que um grupo de cinco garotas - mulheres e trans - são avaliadas pelos telespectadores. Vestidas iguais, o público diz “ela” quando acreditam se tratar de uma mulher e “ele” quando acham que é uma travesti.
"Não gosto que me chamem de ele"
A transexual Daniela Marks (foto), de 22 anos, participa pela sexta vez do quadro “Ele ou Ela” e diz que a exposição não agrega muito para sua vida, nem pela quebra de preconceitos. Por outro lado, ela afirma ser bastante elogiada pelos telespectadores e produção.
“Somos bem tratadas pelo público e pela produção do SBT. Todos nos recebem com muito respeito e elogiam nossa beleza. Dizem até que somos as mais bonitas (ela participa ao lado da amiga Laís) que as mulheres.”
Neste caso, enquanto muitos se surpreendem com a beleza trans, outros dizem que chamá-las de maneira masculina é uma forma de disseminar preconceito, uma vez que o movimento luta para que sejam tratadas de acordo com a construção de gênero.
“Não gosto de ser chamada de ‘ele’, mas considero isso apenas um detalhe. O maior problema é a forma que isto é exposto na mídia, pois no meu cotidiano as pessoas me tratam de maneira feminina”, salienta ela.
Pior em programas policiais
Em 2003, a transexual Danielle Di Biaggio participava das pegadinhas do extinto programa do João Kleber, “Tarde Quente”, na RedeTV. Para ela, a exposição não era prejudicial comparada a outras abordagens. “O que me faria sentir mal é se estivesse em programas policiais. Essa, sim, é a pior forma de queimar nossa imagem.”
Ela declara que, embora a intenção seja da brincadeira, as pegadinhas proporcionavam momentos de admiração. “Por mais que possam fazer chacotas, no fundinho o telespectador fica admirado com nossa beleza. A beleza da transformação de um garoto que chega a ser mais feminina que muitas mulheres genéticas”, declara.
Já nos shows de transformismo, o convite é aceito pela divulgação do trabalho e um cachê extra. Paula Sabatine, que está na JUNIOR#13, na matéria sobre artistas covers, participou de dois quadros do programa Silvio Santos. Em uma performance da cantora Cher, ela levou o primeiro lugar e faturou R$400,00. “É a divulgação de um trabalho”, frisa ela.
Confira a notícia original no site Mix Brasil.
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Atualmente o mais comentado é o Programa do Ratinho, que abre espaço na brincadeira “Ele ou Ela”, em que um grupo de cinco garotas - mulheres e trans - são avaliadas pelos telespectadores. Vestidas iguais, o público diz “ela” quando acreditam se tratar de uma mulher e “ele” quando acham que é uma travesti.
"Não gosto que me chamem de ele"
A transexual Daniela Marks (foto), de 22 anos, participa pela sexta vez do quadro “Ele ou Ela” e diz que a exposição não agrega muito para sua vida, nem pela quebra de preconceitos. Por outro lado, ela afirma ser bastante elogiada pelos telespectadores e produção.
“Somos bem tratadas pelo público e pela produção do SBT. Todos nos recebem com muito respeito e elogiam nossa beleza. Dizem até que somos as mais bonitas (ela participa ao lado da amiga Laís) que as mulheres.”
Neste caso, enquanto muitos se surpreendem com a beleza trans, outros dizem que chamá-las de maneira masculina é uma forma de disseminar preconceito, uma vez que o movimento luta para que sejam tratadas de acordo com a construção de gênero.
“Não gosto de ser chamada de ‘ele’, mas considero isso apenas um detalhe. O maior problema é a forma que isto é exposto na mídia, pois no meu cotidiano as pessoas me tratam de maneira feminina”, salienta ela.
Pior em programas policiais
Em 2003, a transexual Danielle Di Biaggio participava das pegadinhas do extinto programa do João Kleber, “Tarde Quente”, na RedeTV. Para ela, a exposição não era prejudicial comparada a outras abordagens. “O que me faria sentir mal é se estivesse em programas policiais. Essa, sim, é a pior forma de queimar nossa imagem.”
Ela declara que, embora a intenção seja da brincadeira, as pegadinhas proporcionavam momentos de admiração. “Por mais que possam fazer chacotas, no fundinho o telespectador fica admirado com nossa beleza. A beleza da transformação de um garoto que chega a ser mais feminina que muitas mulheres genéticas”, declara.
Já nos shows de transformismo, o convite é aceito pela divulgação do trabalho e um cachê extra. Paula Sabatine, que está na JUNIOR#13, na matéria sobre artistas covers, participou de dois quadros do programa Silvio Santos. Em uma performance da cantora Cher, ela levou o primeiro lugar e faturou R$400,00. “É a divulgação de um trabalho”, frisa ela.
Confira a notícia original no site Mix Brasil.
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